— Ela se fez de coitadinha na sua frente, né? Toda frágil, toda inocente... — Gritava Gabriel, os olhos em chamas. — Disse que eu a enganei, que a maltratei? Mas te contou o motivo? Que ela tentou matar minha esposa?! Que por culpa dela minha mulher sofreu queimaduras e quase morreu intoxicada com gás? Isso ela comentou com você?
O grito de Gabriel ecoou pelo saguão, e Renato congelou por um instante. Foi justamente nesse momento de distração que um dos seguranças aproveitou para atacá-lo por trás.
Renato soltou um grunhido de dor, mas se virou com fúria e acertou um chute no homem, jogando-o longe.
— Parem com isso. Ninguém mais encosta um dedo nele. — Ordenou Gabriel.
Os seguranças hesitaram, mas recuaram gradualmente. Renato voltou a encará-lo com olhos ferozes.
Gabriel percebeu que aquele touro selvagem ainda mantinha alguma razão, então seguiu tentando:
— Você acredita em tudo que a Vitória fala? Nunca ouviu aquele ditado: Quem escuta só um lado da história, fica no escuro? Pois é