Na verdade, não havia nada de estranho nisso. Um carro de aplicativo nas proximidades aceitando uma corrida era algo perfeitamente normal, não?
Além disso, ele havia mostrado o rosto, até acenado para ela. Se fosse alguém com más intenções, dificilmente permitiria que ela visse com tanta clareza sua aparência. Diferente, por exemplo, do homem que a seguira da última vez.
Mas, mesmo assim...
Talvez fosse apenas intuição. Aquele sexto sentido aguçado... Beatriz não sabia explicar. Apenas sentia que havia algo errado. E, além disso...
Ele estava aparecendo com frequência demais.
Seguindo o fluxo de pessoas, fingindo estar com um grupo de amigas, Beatriz continuou caminhando até outra entrada do metrô. Assim que chegou, entrou diretamente.
Dentro de um carro parado à beira da rua, o homem que a observava franziu a testa ao perceber que a mulher não fora abordada por ninguém nem recebera ligações. Apenas havia entrado por outra estação.
Seu semblante, antes neutro, tornou-se sombrio. Quando