Como era de se esperar, foi mesmo Vitória quem provocou o vazamento de gás.
O Sr. Gabriel estava acabado.
Ele nunca mais conseguiria reconquistar Beatriz.
Beatriz tinha sido vítima de uma armação. Quase perdeu a vida. E, na época, ao invés de investigar, Gabriel ainda teve a audácia de acusá-la, dizendo que era ela quem tentava incriminá-lo.
Agora, com a verdade escancarada diante dos olhos, ele não teria mais desculpas.
Rafael suspirava fundo, tomado por uma mistura de alívio e frustração. Pegou o notebook e se levantou de repente, pedindo uma hora de licença do trabalho.
Saiu pelas portas da empresa e logo parou um táxi na calçada. Assim que entrou no carro, discou imediatamente para Beatriz.
O que ele não viu foi o que acontecia logo atrás, a poucos metros dali. Dentro de uma van cinza estacionada na rua, um homem de óculos escuros falava ao microfone embutido no fone de ouvido:
— Ele saiu. Tá com o laptop.
Do outro lado da linha, uma voz masculina respondeu com firmeza:
— Sigam ele