Diante da ordem severa e inquestionável do Sr. Gabriel, Rafael apenas assentiu com firmeza, já se preparando para iniciar a investigação.
De fato, o erro havia sido de Antônio.
Mas ainda restava uma dúvida crucial: ele havia sido ameaçado por André, ou estava tentando puxar o saco do filho bastardo?
As consequências para cada uma dessas motivações eram completamente diferentes.
— Sr. Gabriel, o almoço de hoje é da Casa Delicatta. Quando entregarem, levo até o senhor. — Informou Rafael.
— Não quero. Pode ficar com o meu. — Respondeu Gabriel, abrindo uma nova pasta e focando nos documentos.
— Mas o senhor ainda está tomando medicação... Se não comer... — Rafael tentou insistir, com cautela.
— Já disse que não quero comer. — A voz de Gabriel ficou gélida, firme como pedra.
Rafael engoliu em seco e não ousou responder mais nada.
Fez uma reverência leve e saiu da sala, com passos quase silenciosos, como se estivesse andando sobre cacos de vidro.
Mas, como assistente direto, ele sabia que pr