Eduardo ergueu levemente o braço, revelando por completo os botões de punho com safiras azuladas.
— E então? O que achou dessas abotoaduras? — Perguntou com um sorriso tranquilo.
— Notei que o Sr. Gabriel os encarou por um segundo... Aparentemente achou interessante?
Gabriel franziu o cenho, sem entender o motivo daquilo.
“Estava se gabando... De abotoaduras? Como se ele mesmo não pudesse comprar dez iguais?”
— Puro exibicionismo barato. — Respondeu, com desdém e frieza.
— Eu achei de bom gosto. Pelo menos... Eu gosto bastante. — Rebateu Eduardo, sorrindo com despreocupação.
Gabriel não se deu por vencido:
— Você ainda não respondeu. Afinal, o que exatamente fez pela Beatriz?
Chegavam ao hall dos elevadores. Se ele não insistisse naquele momento, perderia a chance.
Um funcionário do Grupo Martins se aproximou e apertou o botão do elevador.
Eduardo ficou parado, sem entrar. Olhava para Gabriel, esperando que ele tomasse a dianteira.
Mas Gabriel não se mexeu. O olhar firme.
Não sairia da