— Se você decidir comprar alguma coisa pra mim por conta própria... Eu vou mandar direto pra sua casa, via correio. —Disse Beatriz, olhando firme para Letícia.
— Ai, ai... Tá bom, tá bom! Você venceu, tá? —Suspirou, jogando os ombros para trás, como se admitisse uma derrota épica.
Seu rosto trazia uma expressão de puro desânimo, um misto de resignação e impotência.
Beatriz, por sua vez, parecia finalmente satisfeita.
As duas entraram no shopping. Enquanto caminhavam entre vitrines e manequins, Beatriz acabou soltando a pergunta que já pesava em sua cabeça há um bom tempo:
— Por que seu irmão, de repente, quer me dar presente? Ele já não tá me provocando como antes. Não precisa me compensar por nada.
Letícia, distraída olhando uma bolsa exposta, respondeu com a maior naturalidade:
— Quem disse que ele não tá te provocando? Hoje de manhã te fez andar no sol, ainda ficou te enchendo. Sem contar o que ele fez no camarote. Jogou a bola pra você de propósito, te deixando sem saída. Isso tudo