— O motorista era homem. — Completou o informante.
— Não precisa ser tão específico. — Respondeu Gabriel, com expressão impassível.
Dizer que era um motorista de aplicativo já bastava. O importante era que não fosse um conhecido dela. Não precisava saber o sexo do sujeito.
Do outro lado da linha, o profissional pensou com ironia:
“Com o nível de possessividade que o senhor tem pela alva, imaginei que qualquer presença masculina ao redor dela poderia provocar uma crise de ciúmes. Se um pernilongo macho pousasse no ombro dela, eu também teria que avisar...”
Mas, claro, esses comentários ficavam apenas no pensamento. Ele era profissional. E o pagamento estava muito acima da média, não seria burro de estragar o negócio com um cliente tão generoso. Afinal, só com esse trabalho já embolsava mais do que muita gente em um mês inteiro.
Enquanto isso, Gabriel abria os anexos no computador.
A maior parte dos arquivos era composta por fotos. Beatriz, Daniel e Letícia estavam reunidos num restauran