— Aquele lá de fora... O Sr. Henrique autorizou que ele vá trabalhar na empresa. E não em qualquer lugar, na sede. — Disse o mordomo, com tom comedido, mas firme.
— É um alerta. Um aviso claro. O senhor construiu muito até aqui, mas não jogue tudo fora por uma birra. — Completou.
“Aquele” quem era, Gabriel sabia muito bem.
O filho bastardo do pai. O irmão que ele nunca reconheceu.
No passado, o avô sequer aceitava pronunciar o nome dele, muito menos permitir que entrasse no registro familiar. Agora... Estava admitido na sede da empresa?!
— O vovô aprovou isso mesmo?!! Quando? — Exclamou Gabriel, os punhos se fechando, a voz tomada por fúria e incredulidade.
“O filho da amante? No Grupo Pereira?
Ele nem é um Pereira de verdade!”
— Foi ontem à noite. — Respondeu o mordomo, com calma resignada. — E não foi impulso. Tudo o que o senhor tem feito ultimamente tem deixado o Sr. Henrique profundamente desapontado.
— O que eu fiz de tão errado?! Só não quero me divorciar! É proibido um homem lu