Ao ouvir aquele tom debochado, Gabriel ficou ainda mais irritado. Sua voz veio carregada de ameaça:
— Eu não preciso da sua assessoria. Mas você... Deveria pensar em preparar sua própria defesa antes que seu escritório vá à falência.
Leonardo soltou uma risada calma e respondeu com ironia:
— Ah, não se preocupe, Sr. Gabriel. Não acho que esse dia vá chegar.
— É mesmo? Pois eu diria que está bem perto. Logo depois dessa audiência.
Leonardo arqueou uma sobrancelha. Entendeu a insinuação imediatamente.
Então o tal Gabriel era desses, ressentido, vingativo. Mandava os advogados intimidarem e, ainda assim, fazia questão de vir pessoalmente.
— Bom, sem problemas. Quando eu ganhar essa causa, vou ter dinheiro suficiente pra abrir outro escritório. — Disse Leonardo, com voz leve, quase preguiçosa. — Desde já, agradeço pelo patrocínio, Sr. Gabriel.
O duelo verbal seguia num vaivém cortante. Gabriel já estava fervendo de raiva.
Quem esse Leonardo pensava que era? Tinha mesmo a ousadia de enfrent