O policial olhou para Gabriel e advertiu com seriedade:
— Sr. Gabriel, por favor, preste atenção ao seu tom e às palavras que usa. A outra parte já aceitou não levar o caso adiante.
Gabriel, tomado pela fúria, socou a mesa com força e rosnou entre os dentes:
— Eu nem fiz nada de errado! Desde quando preciso do perdão dessa Letícia?! Isso é o mundo de cabeça pra baixo!
— Tsc, tsc... Ganso morto que ainda quer nadar. Eu acho é pouco... — A voz de Letícia veio do outro lado da linha, cheia de deboche.
Rafael deu um passo rápido e encerrou a ligação de uma vez.
— Senhores, como já entregamos todos os documentos e a parte ofendida nos isentou verbalmente, acredito que podemos encerrar por aqui, certo? — Disse Rafael com um sorriso educado.
O policial lançou um olhar para Gabriel. A declaração de responsabilidade ainda não estava assinada. Gabriel afundou na cadeira, bufando de raiva, quase rasgando o papel de tanto apertar a caneta.
— Sr. Gabriel, assine logo, por favor. — Insistiu Rafael,