Gabriel achava que conseguiria se controlar.
Achava que poderia não procurar mais Beatriz.
Não queria feri-la de novo.
Mas...
Fosse por amor ou por instinto de posse, fosse por orgulho masculino ou pelo gosto amargo da derrota... Ele simplesmente não conseguia aceitar.
Ele não conseguiria entregar a mulher que amava nas mãos de outro.
Afinal, foi Beatriz quem quis se casar com ele naquela época.
Ele não a obrigou a nada.
Se ela o provocou, que agora aguentasse as consequências.
Que o odiasse, se quisesse.
Mas aquele pedido de divórcio... Ele faria questão de anular.
— O período de reflexão são trinta dias. Dê um jeito de cancelar o acordo. Esse divórcio não vai acontecer. — Disse Gabriel, com voz fria e firme.
Rafael, ao ouvir isso, lembrou-se do contrato de divórcio que vira na casa.
Respondeu com cuidado:
— Geralmente, quando há contestação num divórcio, existem dois motivos principais: divisão de bens... Ou filhos. O senhor e a Sra. Beatriz não têm filhos. E quanto aos bens... O con