Vitória olhou para as marcas vermelhas em seu braço e, fingindo não saber de nada, perguntou com inocência:
— O que foi que aconteceu, afinal?
Gabriel estava sentado no sofá, de cabeça baixa, envolto por uma aura pesada de desânimo. Murmurou, quase num sussurro:
— A Beatriz... Foi embora.
— A Bia tá no hospital, não tá? Você ainda tá de ressaca daquele almoço, é isso? — Comentou Vitória, tentando soar leve.
— Não... Ela já saiu de lá. A enfermeira disse que teve alta ontem de manhã... — Respondeu Gabriel, com o olhar perdido.
— Sério? Nem eu nem você ficamos sabendo disso... — Disse ela, surpresa.
— O quarto dela estava todo arrumado, limpo... Só deixou o celular que eu comprei para ela e... — A voz dele foi sumindo no ar.
— E o quê mais? — Insistiu Vitória, fingindo curiosidade.
Gabriel cerrou os dentes e fechou os punhos com força, dizendo entre os dentes:
— Um monte de papel inútil, cópias... Achou que ia me intimidar com isso? Que idiota!
Ao ouvir aquilo, Vitória franziu o cenho. C