O vidro do carro foi batido, e Daniel, instintivamente, olhou para fora, era Beatriz. Ele rapidamente abriu a porta.
Mas, em vez de ir para o banco do passageiro, ela entrou direto no banco de trás, o olhar visivelmente tenso.
— O que aconteceu? Teve algum problema? — Daniel perguntou, preocupado.
— Não... Não. — Respondeu Beatriz, tentando controlar a respiração. — Daniel, você pode dirigir? Me leva até o próximo cruzamento, por favor.
Mesmo sem entender muito bem, ele ligou o carro e atendeu ao pedido.
Ao fazer a curva, viu Letícia na praça, acompanhada por um homem e uma mulher. O homem ele reconheceu de imediato: era Gabriel.
Daniel lançou um olhar pelo retrovisor e notou que Beatriz já não estava mais sentada normalmente. Estava curvada, quase deitada. Ele franziu o cenho, intrigado.
Letícia já tinha saído do restaurante, mas Beatriz… Agia como se estivesse fugindo de um crime. Com aquele jeito de quem precisa se esconder, como se ninguém pudesse vê-la...
— Beatriz, você tá fugind