Vitória então começou a comandar a mudança.
Não conseguiu ficar na suíte principal, mas... Conseguir tirar a Beatriz do próprio quarto já era, pra ela, uma vitória e tanto.
Enquanto elas movimentavam as coisas da Beatriz, Gabriel franziu a testa. Algo dentro dele incomodava.
Entrou no quarto e viu a assistente tentando abrir um armário trancado.
Sem dizer nada, aproximou-se e, com a força de um homem impaciente, arrebentou o fecho em poucos segundos. A tranca interna ficou torta, inutilizada.
Lá dentro, quase nada: apenas um pequeno caderno azul-claro.
Gabriel pegou o caderno e, ao abrir a primeira página, entendeu na hora o que era.
— Quem é que ainda escreve diário hoje em dia... — Murmurou, com um leve sorriso de desprezo nos lábios.
Mesmo assim, não resistiu. Os dedos começaram a virar as páginas, curioso.
Antes que pudesse ler, uma mão apareceu por cima do ombro e puxou o caderno de suas mãos:
— Não é certo espiar o diário de uma garota, Gabi. — Vitória disse, com um sorriso doce,