De repente, Gabriel puxou Beatriz com força, fazendo seu corpo girar bruscamente.
Ela perdeu o equilíbrio. Os saltos vacilaram no chão e, na tentativa de não cair, sua outra mão se apoiou no peito do terno dele.
— Quem é ele?! — Rosnou Gabriel, os olhos escuros fixos nos dela, a raiva contida vibrando em sua voz.
Beatriz levantou o olhar e se deparou com aquele par de olhos ferozes, intensos, tomados por uma obsessiva e doentia possessividade. As olheiras fundas deixavam seu semblante ainda mais cruel.
— E o que te importa? — Rebateu Beatriz, com frieza. — Que diferença faz pra você?
As palavras saíram afiadas, firmes, sem o menor traço de medo.
Nesse momento, Rafael finalmente conseguiu alcançar os dois. Chegou ofegante e, vendo a tensão, tentou intervir. Com muito cuidado, tocou o braço do chefe e disse, constrangido:
— Sr. Gabriel… Aqui é um espaço público. Vamos manter a compostura.
Mas Gabriel não quis saber.
Empurrou Rafael com força com a outra mão, sem sequer desviar os olhos d