BELINDA.
Todo o meu corpo estava envolto por uma neblina densa. O ambiente à minha volta era opressor e severamente silencioso.
“Oi”
“Olá”
“Tem alguém aí ?”
Gritei em busca de respostas mas não as obtive.
Caminhando sem destino, eu avancei rumo à escuridão diante dos meus olhos.
“Tic tac”
“Tic tac”
“Tic tac”
O relógio toca mas eu não vejo nenhuma sombra do mesmo.
De repente, eu escuto um estrondo similar a uma porta batendo.
“Isso tudo é sua culpa. Se você fosse digno, minha filha ainda estaria viva. Maldito bastardo!”
“Plaft!”
Uma mulher esbofeteou a face de um homem maduro. Quando os olhos fixaram-se nos meus a mulher desabou, o homem avançou na minha direção e eu corri.
Meu peito começou a doer.
As minhas pernas embolaram.
Eu caí com o rosto rente ao chão como morta.
“MAMÃE!”
Uma voz distante gritou.
A sua dor era palpável e angustiante.
Eu conhecia perfeitamente aquela dor.
“Mamãe ?”
Escuto uma outra voz, mas agora é diferente.
Essa é uma voz que eu não conheço, eu a pro