Ele achava que, se realmente ficasse alguns meses sem ver Mariana, ia acabar morrendo.
Podia parecer exagero, mas desde que ela viajou, ele voltou a ter insônia.
Se sentia como um robô descarregado. Sem a presença da Mariana pra "recarregar", ele era só um monte de sucata, sem energia, sem vida.
Então, já que ela não podia voltar, ele mesmo decidiu ir até lá. Matava a saudade, dava uma carregada no coração e depois voltava pra casa.
Assim, via Mariana, aliviava a angústia da distância e ainda conseguia continuar cuidando do filho e do avô.
Pegou o primeiro voo da madrugada. Quando chegou no exterior, Mariana tinha acabado de sair do trabalho.
Passou a noite com ela, e no dia seguinte, enquanto ela voltava pro expediente, ele embarcava de volta.
Com a energia renovada, carregado até o último fio, achava que conseguiria aguentar mais uma semana.
Aí era só repetir a dose. Desse jeito, o tempo separados nem parecia tão longo assim.
Antes de ir, avisou todo mundo em casa. Diego até quis