Mariana não tinha pensado nisso. — Ah, para, é só um café da manhã.Mas Lucas balançou a cabeça: — Não dá. Agora sou seu namorado, como vou aparecer de mãos vazias na sua casa?Ela pensou consigo mesma: "Na real, ninguém lá em casa liga se você é meu namorado ou não."Claro, essa parte ela guardou pra si.No final, acabaram não indo para a casa da Família Marques. Mariana, meio sem jeito, mandou uma mensagem para Ana, inventou que estava com vontade de comer aqueles pastéis de feira e seguiu com Lucas.Lucas dirigia, sorrindo: — Sabe o que tá parecendo? Dois adolescentes rebeldes saindo escondido dos pais.Mariana riu: — Até que seria legal. Já que a gente não viveu isso na adolescência, agora temos a chance de experimentar. Zero arrependimentos.Lucas agarrou sua mão: — Tem algum mais arrependimento? Fala pra mim, eu vou tentar consertar.Na juventude, eram tantos os sonhos guardados no peito...Um dos mais simples, talvez o mais precioso, era justamente compartilhar um café da manhã
Na saída da escola, a maioria era de mães, algumas avós e babás, cerca de 90% mulheres.E qualquer mulher que olhasse para Lucas dificilmente deixaria de se impressionar.Todas se perguntavam: de qual criança esse homem seria o pai?Afinal, nunca o tinham visto antes.Um homem assim, bastava um olhar para ficar gravado na memória.Com aquela beleza quase sobrenatural, mais bonito que qualquer celebridade e com um charme irresistível, como alguém poderia o esquecer?Lucas avistou Mariana imediatamente.A mãe de Bruno, ao ver que ele se aproximava em sua direção, ficou visivelmente animada.Até que Lucas passou direto por ela sem sequer um olhar, parando firmemente ao lado de Mariana.— Cheguei atrasado? — Perguntou Lucas.Mariana sorriu: — Não. Os pais costumam chegar cedo. Ainda falta um tempinho para eles saírem.— Que bom. — Ele a olhou com admiração: — Você está linda hoje.Mariana inclinou a cabeça, brincalhona: — E você está muito galã.A mãe de Bruno não resistiu e interveio: — E
Lucas não se moveu.Diego ergueu o rostinho, olhando pra ele: — Papai?Mariana também virou o olhar.Em meio à multidão, Lucas ficou com os olhos marejados, e as lágrimas já ameaçavam escapar.— Tá tudo bem...Apertou de leve a mãozinha de Diego. — Vamos.Ele já tinha combinado antes, iria os levar para um jantar especial naquela noite.Após alguns minutos de caminhada, chegaram ao local onde o carro estava estacionado.Enquanto Mariana se preparava para colocar Diego no carro, Lucas se abaixou e o pegou no colo.No meio da confusão de pessoas e carros, ele não tivera a oportunidade de expressar o que sentia.Agora, segurando a criança, sussurrou com voz embargada: — Didi, obrigado.Diego já tinha sido carregado nos braços de Lucas antes. Mas, por algum motivo, dessa vez parecia diferente.Baixinho, ele murmurou: — Não precisa me agradecer... Eu só quero que você e a mamãe fiquem bem.Lucas meio que já imaginava o motivo pelo qual Diego o aceitou tão rápido, o chamando de pai sem hesit
No pronto-socorro do Hospital São João.Após várias cirurgias, Mariana estava exausta e preparava-se para sair do trabalho. Enquanto trocava de roupa para ir embora, a porta se abriu repentinamente. Lucas apareceu na frente dela, vestido com um terno caro feito sob medida.O homem exibia uma postura nobre, seu rosto era austero e imponente, com sobrancelhas e olhos sérios. Seu nariz alto e lábios finos, com um queixo firme e bem delineado. Sem dúvida, ele tinha uma boa aparência.Porém, naquele momento, ele carregava nos braços uma garota pequena e delicada. Por trás de sua expressão fria, era impossível esconder o nervosismo. — Ela está ferida, dê uma olhada nela. — Lucas pediu.O olhar de Mariana pousou sobre o rosto da garota. Ela tinha uma aparência doce, com um olhar inocente. Mariana sabia que esse era exatamente o tipo de mulher que Lucas gostava. Mesmo depois de tantos anos, o gosto dele não mudou nem um pouco.— Onde você está machucada? — Mariana perguntou.— Torci o tornoz
O homem tinha uma aura fria e nobre, típica de alguém acostumado a altas posições, mas carregava uma simples sacola plástica preta. Sem dúvida, dentro dela estavam os produtos de higiene íntima que Joana precisava no momento.Mariana desviou o olhar e perguntou a ele: — O avô quer que jantemos na mansão esta noite. Você pode ir?Mas Lucas não olhou para ela. Seus olhos se fixaram em Joana: — Ainda sente dor na barriga? Você já tomou os medicamentos?Após dizer isso, ele estendeu a mão e passou a sacola. Joana sorriu timidamente ao o receber e lançou um olhar rápido para Mariana antes de responder: — Estou bem melhor agora, obrigada.— Pode ir, vou esperar você aqui. — Disse Lucas, olhando para ela com ternura nos olhos, e acrescentou: — Depois eu a levo para casa.Joana lançou mais um olhar cauteloso para Mariana e depois se virou e foi embora.— Então você me seguiu até aqui? — Lucas finalmente olhou para Mariana: — Valeu a pena?Mariana não se defendeu, apenas perguntou: — Senhor
O homem era alto e bonito; a moça era doce e delicada. Juntos, eles pareciam um casal perfeito. No entanto, neste tipo de evento, a maioria das pessoas estava em trajes formais, especialmente as mulheres, que competiam com vestidos deslumbrantes. Em contraste, a camiseta branca e calça jeans de Joana estavam um pouco fora de lugar.Evidentemente, Lucas não se importava com esses detalhes, mas ao ver Mariana vestida com um elegante e ajustado vestido de festa prateado, Joana mordeu o lábio inferior, e seu belo rosto mostrou um misto de constrangimento e desconforto.— O quê? — Lucas perguntou, com os olhos baixos.Joana murmurou baixinho: — Elas estão todas vestidas tão formalmente. Especialmente a Dra. Mariana, o vestido dela é muito bonito.Os olhos de Lucas, que acabara de desviar o olhar, ainda mostravam um toque de frieza. Assim que ele entrou, viu Mariana e Paulo conversando animadamente. Paulo até estava mexendo no cabelo da Mariana.“Pedi a ele para ter cuidado, o que ela está
Mariana não entendia nada dos assuntos de negócios, mas ela sabia que, desde o casamento entre as famílias Oliveira e Silva, a riqueza da família Silva tinha aumentado pelo menos três vezes. Mesmo assim, Mário ainda não estava satisfeito.Mariana largou os talheres, se levantou e disse: — Já terminei de comer. Vou indo, vocês podem continuar comendo.Mário berrou para ela: — Não se esqueça do que sua avó lhe disse antes de falecer!Mariana ficou paralisada, hesitou por alguns segundos e, finalmente, saiu.Mal chegou ao hospital, ela recebeu uma ligação de um número desconhecido. Inicialmente, não queria atender, mas o celular não parava de tocar, então ela acabou atendendo. Assim que atendeu, ouviu a voz de Joana, chorosa:— Dra. Mariana, venha rápido, o Lucas se machucou!Mariana correu apressada para lá e descobriu que a mão de Lucas já estava enfaixada. Ao vê-la, o Lucas franziu a testa. — O que você está fazendo aqui?Mariana olhou para Joana e, sem responder à pergunta de Lucas
Mariana olhou para o celular; ainda não era meia-noite. Ou seja, Lucas mal tinha terminado seus afazeres com ela, e já estava se apressando para o próximo compromisso, para consolar a Joana. Ele estava realmente ocupado.Mariana não sabia o que tinha acontecido, só ouviu os soluços de Joana. Lucas desligou o telefone e começou a se vestir. Mariana ainda sentia o corpo satisfeito e levemente dolorido após o prazer intenso. Deitada na cama, ela observava Lucas vestir as calças, cobrindo os músculos bem definidos de seu abdômen.Enquanto se vestia, ele disse: — O irmão de Joana sofreu um acidente de carro. Vou lá ver como está. Se for grave, ajude a entrar em contato com o hospital... Deixe para lá, venha comigo.Mariana não se moveu. Lucas já estava abotoando a camisa quando franziu a testa e olhou para ela. — Por que não está se mexendo?— Acho que não tenho obrigação de ajudar você a... — Ela ponderou por um momento, buscando as palavras adequadas, e continuou: — ... Ajudar o irmão