A dor intensa se espalhou e Pedro soltou um grito de agonia. No instante seguinte, sentiu o vazio nos braços, pois a criança já estava nas mãos de Lucas.
Lucas recuou, segurando a criança, e ainda teve tempo de dar um pontapé certeiro no peito de Pedro.
Pedro estava visivelmente mais magro nos últimos dias e não resistiu ao golpe. Foi lançado para trás, batendo contra a parede com um estrondo e caindo no chão logo em seguida. Ele se agarrou ao peito, sentindo uma dor insuportável, mal conseguindo forças para se levantar.
Quando olhou para Lucas, viu que o olhar dele estava cheio de preocupação por Diego, sem traço algum de desprezo ou aversão. Claramente, o que Lucas havia dito antes tinha sido uma tática para distrair Pedro, aproveitando a oportunidade para atacar.
Lucas olhou para o pescoço de Diego e perguntou:
— Está tudo bem?
Nos braços de Lucas, Diego, com apenas quatro anos, parecia um pequeno serzinho. Ele manteve o semblante sério e balançou a cabeça:
— Estou bem.
Luísa, compl