— Vocês lutam para proteger o país, e eu faço o possível para salvar vidas. É apenas o meu dever, não precisam agradecer.

Após dizer isso, ela se virou e partiu.

O homem de pele morena ficou parado, a observando enquanto se afastava, até que sua silhueta desaparecesse completamente.

Quando Paulo saiu da sala de cirurgia, se deparou com Mariana cochilando em uma cadeira próxima.

Ela ainda segurava os exames de um paciente nas mãos, mas seus olhos estavam fechados. A cabeça balançava para frente e para trás, até que seu corpo começou a inclinar de lado, quase caindo.

Com passos rápidos, Paulo se aproximou e segurou seu ombro.

Ela abriu os olhos e esboçou um sorriso suave: — Terminou? Peguei comida para você.

O refeitório do hospital oferecia refeições à noite, já que as cirurgias não paravam nem por um minuto, mas o sabor deixava muito a desejar.

Nos arredores, não havia muitas opções de comida. Se nem a comida do refeitório fosse uma alternativa, o único caminho seria passar fome.

Paulo