— Eu nem vou atrapalhar o seu trabalho. Assim que você terminar, a gente sai pra comer alguma coisa. — Disse Paulo, com um sorriso descontraído.
— Você deveria passar uns dez dias em uma cidade mais tranquila. — Mariana respondeu, franzindo levemente a testa. — Essa capital não tem nada de especial. O que você quer ficar fazendo aqui? Não se preocupe comigo, eu vou me alimentar direitinho.
— Eu sei. — Paulo riu. — Não é por isso. É que, pra falar a verdade, esse lugar pode não ser famoso, mas o ritmo é mais calmo, e eu só queria descansar. Tá perfeito pra mim.
Mariana bufou, impaciente:
— Você nunca escuta, né?
— Tá bom, tá bom. — Paulo serviu um copo d’água para ela e o colocou sobre a mesa. — Faz o que você tem que fazer. Não precisa se preocupar comigo.
Mariana hesitou por um momento, como se lutasse contra algo dentro de si, mas acabou confessando:
— Talvez… eu precise viajar a trabalho.
Paulo congelou por um segundo.:
— Pra onde?
O instituto de pesquisa onde Mariana trabalhava era