XXXVI. O que o Sr. Wilde está fazendo em meu quarto?
- Para onde você quer ir?- Carlos me pergunta do banco do motorista. Ele chegou para me buscar alguns minutos depois que Diego saiu.
- Vamos passar na minha casa primeiro para nos trocarmos e depois vamos a um bar ou algo assim- respondo, e a casa a que me refiro é obviamente a cobertura onde nunca morei e onde ainda há muitos dos meus objetos pessoais.
Vejo como Carlos está olhando para mim no banco do passageiro e sei que ele tem um ponto de interrogação na ponta da língua, mas está se segurando, esperando que eu libere todo o caldo por conta própria.
- Dê-me um tempo, prometo que vou confessar mais tarde, só preciso de alguns drinques- respondo, suspirando e parando de me olhar com cara de interrogação.
Em poucos minutos, chegamos ao meu apartamento no centro da cidade.
Eu já tinha ido visitá-lo uma vez e adorei seu design industrial moderno. Felizmente, tudo estava impecável, pois uma faxineira vinha de vez em quando para manter tudo limpo e sem poeira.
Carlos se sentou bem relax