+ . • . Tomando conta do CEO . • . +

— Estou aqui! — Louise gritou surgindo a porta do quarto.

— Ela assina, é um pouco complicado pra mim segurando eles. — Alyssa entregou a desculpa, que passou pela médico sem questioná-la.

Ela fez uma nota mental para se lembra de agradecer de joelhos a Louise, pois em todas as vezes em que achava estar perdida, era ela quem surgia para ajudá-la.

Além do mais, nos últimos dias, elas haviam se aproximado tanto que Louise certas vezes deixava escapar "cunhada" ao chamar Alyssa. Não era engraçado se levasse em consideração ser esposa do CEO, mas Alyssa pensava no quão divertido teria sido ter uma irmã como Louise.

Focando no que se passava ali, Alyssa sorriu em cumplicidade com Louise quando o médico por fim se retirou depois de deixar uma folha com prescrições e cuidados.

— Uffa… — Louise deixou sair.

— Desculpa, deve estar cansada da faculdade e ainda teve de sair correndo pra cá. —  Alyssa se compadeceu pela garota que possuía gotas de suor no rosto.

— Não importa, deveria ser eu a responsável por cuidá-lo e joguei isso praticamente em cima de você. — A mais nova pegou nas mãos de Alyssa lhe dirigindo um olhar de gratidão.

— Eu fico feliz em ajudar. — Alyssa sorriu.

Quando ainda morava com a mãe, Alyssa sempre fez questão de ajudar em tudo, depois se casou e separou-se pouco tempo depois de descobrir que estava grávida. Então já não havia quem lhe pedisse favores, era bom fazer algo mais do quê só amamentar e cuidar de Bernardo.

Pensando no assunto, os pequenos em seus braços, já estavam irritados à espera da mamada, Alyssa olhou no relógio e se desculpou por esquecê-los.

— Espero que fique bem senhor. — Se retirou de perto da maca e antes que estivesse demasiado longe, o CEO a puxou. —  O quê foi?

— Quero que me esclareçam, o quê significa tudo isto? — A confusão presente nos olhos de Christopher fez com quê Alyssa hesitasse na explicação.

— Não pode matar esses fofuchos de fome. — Louise se entrepos. — Vá amamenta-los , eu converso com meu irmão. 

Alyssa saiu com um pé atrás, seguramente o irmão a reprovaria e seria difícil. Mas não viu a forma de dizê-lo, apenas saiu do quarto e foi a área comum de descanso. 

Ali havia café da manhã para acompanhantes, cadeiras extremamente confortáveis que nos últimos dias Alyssa usou para a amamentação dos bebês.

Não tinha o apoia perfeito, nem tão pouco poderia se desvestir por completo, então apenas expôs um dos seios mais cheios e deixou que Charlotte se aninhasse para mamar primeiro. 

Também tinha Beni em seu colo, mas dê pé, entretido brincando com o cabelo da mãe. 

— Vai com calma Charlie… — Alyssa riu pela rapidez com que a bebê sugava de seu seio.

Enquanto isso, no quarto do CEO Hemsworth.

— Eu acordo e de repente tenho esposa?! — Christopher questionava a irmã.

Ele havia se mantido calado percebendo que algo havia sido combinado para quê Alyssa pudesse estar ali no lugar de Louise, mas agora queria saber e a irmã já havia dado voltas demais para chegar no assunto.

— Lembra daquela vez em quê você ficou brava por eu pegar DP em todas as matérias do primeiro semestre da faculdade. 

— E ao que isso vêm ao caso? — Ele já perdia a paciência.

— Então, achei que ficaria mais feliz quando acordasse e soubesse que passei na última DP hoje.  — Louise declarou ao irmão, toda orgulhosa de si.

— Meus parabéns irmã, mas vou pedir pela última vez. Me diga o quê está havendo, por que o médico acha que a secretária é minha esposa?

— Bom, eu não podia faltar às aulas, então Alyssa teve de cuidar de você, mas pra isso ela devia ter parentesco. Daí tive que dizer ao médico que ela é sua esposa, não foi difícil, já que os "gêmeos" são provas incontestáveis. — A irmã disse a última oração rindo.

Era fato, todos os pacientes naquela ala conheciam os gêmeos Hemsworth, e preferiam acreditar assim do quê realmente perguntar. Os bebês eram parecidos e muito, quase a mesma idade e aparência.

Tanto Charlotte quanto Bernardo, possuíam olhos esverdeados, pele clara e cabelos negros escorridos. Estavam próximos dos quatro meses de idade, apenas com a diferença de quê Bernardo era pouca coisa maior, mas estava sendo alcançado pela princesinha que com as mamadas de Alyssa, havia ganho um peso considerável nos últimos três dias.

— Como fizeram para se entranharem tão rápido? — O CEO questionava, imaginando quanto tempo teria se passado para que estivessem em tal patamar de amizade.

Mas a irmã sempre foi diferente dele, e se tinha algo em quê Louise era boa, seria fazer amizades. Apenas por isso não a estranhou.

O único estranho, para o qual ele não via uma justificativa, era o empenho de Alyssa e a forma como há viu carregar os bebês para todos os lados, incapaz de deixá-los por qualquer coisa.

Ele estranhava por quê em Cecília, nunca houve um por cento da maternidade que via em Alyssa. Ele sentia-se extremamente em dívida com a secretária, e não gostava de dever a ninguém.

Quando a viu entrar no quarto, com os bebês adormecidos em seu colo, um sorriso surgiu em seu rosto por ver o quão bem a filha parecia.

Agora inteirado de quê haviam se passado três dias, o CEO se deu conta de quê sentia falta de ter a filha nos braços.

— Eu ajudo. — Louise deixou o lado do irmão, para pregar-se ao lado de Alyssa.

— Acho melhor não mexer, eles estão dormindo tão gostoso. — Alyssa disse esfregando as costinhas dos bebês e sentou-se no sofá próximo a porta do quarto.

— Vou m****r alguém trazer o carrinho, você deve estar dolorida carregando eles a manhã Inteira.

— Não precisa Ise, já estou acostumada. — Alyssa não queria sobrecarregar Louise.  — Tem aula a noite, se eu fosse você aproveitaria para despejar a mente. 

— Como você pôde ser tão perfeita. — Louise abraçou-a e beijou o topo da cabeça de Alyssa. — Melhor cunhada de todas. — Ela sussurrou no ouvido da maior.

Alyssa riu, e Christopher estranhou-a, mas pelos olhares trocados, a irmã lhe havia dito algo escondido.

Ele queria pegar a filha, mas aquilo exigiria a secretária se levantar e talvez acordar os bebês, por isso se aguentou. 

A fim de não incomodá-lo, Alyssa permaneceu em silêncio para que o CEO descansasse, o mesmo fez Christopher para não incomodar a secretária. 

Os silêncios faziam da sala um ambiente hostil e apenas foi quebrado quando um homem de farda e óculos escuros, bateu a porta do quarto chamando por Alyssa Hemsworth.

— Eu… — Alyssa pronunciou-se sem graça pelo sobrenome do chefe se sobrescrever sobre o seu.

— Trouxeram isto para a senhora, não pudemos deixar passar os demais, então vim para entregar. — O segurança explicou.

— Ah, obrigada de qualquer forma. — Alyssa agradeceu e o segurança adentrou o quarto, montando o carrinho a fim de facilitar para ela que carregava os dois bebês.

— Caso precise de algo mais, diga a uma enfermeira, estamos a disposição. — O segurança terminou de dizer e se retirou.

O silêncio voltou a reinar, e então para conseguir voltar a se mexer, Alyssa decidiu que o melhor era colocá-los para dormir no carrinho. Por sorte o carrinho era espaçoso e caberiam facilmente três bebês. 

— Shin… — Alyssa chiava a fim de não assustá-los com os movimentos.

Colocou Bernardo e em seguida Charlotte, ambos de lado e os cobriu com a manta antes de levar o carrinho para um canto mais sossegado do quarto.

O celular vibrou em seu bolso pouco depois, mensagem de áudio de Louise chegavam.

Obrigada Ise, Charlie e Beni também agradecem.  

Alyssa enviou em resposta. 

Quando devolveu o celular de volta ao bolso e ergueu a cabeça, notou que o CEO a olhava fixamente.

Ela imediatamente passou a mão no rosto, checou se estava com o cabelo bagunçado e ajeitou as roupas, mas nada estava errado ou fora de ordem, então por quê ele a fitava?

Na cabeça de Christopher, alguém com ela era impossível. E apenas por isso ele a considerava inacreditável.

— Alyssa.

— An? — Respondeu em atenção, mas ainda si checando para saber o quê o CEO tanto olhava.

—  Você vai passar a noite aqui?

— Sim, você terá alta manhã, então passaremos a noite aqui. — Ela lhe respondeu gentilmente.

— Você não está cansada, com fome ou qualquer outra coisa?

— Não sei, não parei para pensar nisso até agora, mas em todo caso prefiro esperar que Louise volte da faculdade, para jantarmos juntas. — Ela dizia, mas para o CEO naquele momento eram muitas palavras. — Claro, se você não se importar?

— Não me importo.

— Está com fome ou tem sede?

— Água. — Ele respondeu, mas estava ao seu lado no criado mudo e tentou pegar sozinho.

Antes que pudesse Alyssa pegou na jarra, despejando no copo até a metade e entregando ao CEO.

Ele descobriu o quão fraco estava quando suas mãos pelo simples peso do copo d'água começaram a tremer. Levou o copo a boca por teimosia, mas antes de conseguir bebe-lo, a secretária retirou de suas mãos, retirou um canudo de d'baixo da bandeira onde estava a jarra e o colocou no copo. 

Agora Alyssa segurava o copo d'água, e ofereceu para que o CEO a bebesse. Quando Christopher o fez, gotas escorreram de seus lábios e sem ter qualquer intenção Alyssa as recolheu com uma passada de polegar nos lábios e queixo do CEO.

— Cuidado para não se molhar. — Ela disse e quando percebeu a na cara do CEO a intimidade de seus atos, ficou vermelha.

— Acho que preciso me deitar. — Ele disse.

O CEO se encolheu em sua maca, assim como Alyssa queria se encolher no sofá.

— Você foi longe demais… — A secretária disse a si mesma.

Seriam longas horas até a alta.

Continua...

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