Roberto dirigia como um louco, acelerando o carro como nunca fizera na vida.
Assim que parou na entrada do condomínio, saltou do carro ainda em movimento e deu de cara com o entregador.
Mas o homem estava de mãos vazias.
— Cadê a minha encomenda?! — Roberto agarrou o braço do rapaz, os olhos arregalados, a respiração ofegante. — Você disse que era da Kayra! Cadê?!
O entregador, assustado, gaguejou:
— S-Sr. Roberto? Eu... Eu entreguei pra sua esposa! Ela disse que assinava por você. Acabei de deixar com ela!
— Esposa?! — Roberto rosnou, a raiva transbordando. — Eu não tenho esposa!
— Mas... ela se apresentou como Sra. Santana... — O rapaz tremia.
Roberto não escutou mais nada.
Virou as costas e correu em disparada para a mansão, o sangue fervendo.
— PATRÍCIA! — O grito dele ecoou pela casa, como um trovão. — CADÊ VOCÊ?!
No banheiro, Patrícia tremia, pálida como um cadáver.
Segurava a caixa nas mãos, o rosto banhado em suor frio. Em pânico, tentou jogar o conteúdo no vaso sanitário, luta