POV Eva Monteiro
Não importa o quanto você arrase na sexta à noite… na segunda de manhã, a realidade bate.
E bate com força, como se tivesse saído direto do camarote VIP.
Coloquei a roupa mais neutra do armário e me enfiei na primeira entrevista do dia. Uma startup de app de entrega.
Ambiente jovem, informal, café de cápsula ruim. Falaram de metas absurdas com salário abaixo da média, RH confuso e a tal “cultura ágil” parecia mais desculpa pra não ter estrutura nenhuma.
Saí de lá com a sensação de que seria explorada com sorrisos e post-its coloridos.
Obrigada, Próxima…
A empresa de benefícios era outra história. Estrutura linda, recepcionista de blazer, banheiros com sabonete cheiroso e um painel dizendo: “Pessoas felizes rendem mais.”
A entrevista foi com duas mulheres — técnicas, diretas e, surpreendentemente, bem-humoradas.
Fui honesta. Falei dos cursos, do INTI, do projeto que ajudei na época da faculdade. Elas anotaram tudo. Até elogiaram meu inglês. A sensação era boa.
Era iss