POV: Dominic Castellan
Acordei com a cabeça latejando. A ressaca era real, mas não era só do álcool.
Era dela.
As imagens vinham em flashes desconexos: luzes estourando no palco, o som ensurdecedor da batida, o couro justo abraçando cada curva do corpo dela. Eva Monteiro, não como analista, não como funcionária — mas como a maldita DJ que comandava a Vértice como se fosse sua.
E, como se não bastasse, Thomas. Aquele desgraçado não tirava os olhos dela.
Revirei na cama, tentando reconstruir como tinha voltado para casa. Motorista? Provavelmente. Não lembrava. Não importava. O que importava era a cena que se repetia sem piedade: seus quadris balançando no ritmo da música, a forma como mordia o lábio sob as luzes piscantes, a multidão gritando seu nome como se ela fosse uma deusa.
E ela era.
Bufei, levantando-me de supetão. Precisava de distração. Precisava colocar a mente em ordem antes que cometesse uma estupidez.
Vesti uma camisa qualquer, peguei as chaves e fui direto para o escritór