Mariana
Mais tarde, o chalé estava em silêncio. A brisa entrava pela janela entreaberta, e a única luz vinha do abajur, pintando o quarto com um tom quente e suave. Eu estava deitada com a cabeça no peito do Henrique, sentindo o coração dele bater num compasso calmo, mas firme. Seus dedos brincavam com meu cabelo, e só aquilo já era capaz de me deixar inteira arrepiada.
— Você tá confortável? — ele perguntou, com a voz baixa, rouca, colada ao meu ouvido.
— Tô... mas queria você mais perto — murmurei, sem conseguir esconder o desejo que fervia em mim desde o jantar.
Ele virou o rosto devagar e me encarou. O olhar dele tinha aquele brilho perigoso, aquele que sempre me deixava desarmada. Em silêncio, ele tocou meu rosto com as duas mãos, como se estivesse me decifrando por inteiro, e então me beijou. Foi um beijo lento, profundo, cheio de intenção. O tipo de beijo que faz a gente esquecer do mundo, esquecer até de respirar.
Senti a mão