Sob as sombras amareladas dos postes de luz, a Ponte da Liberdade se difundia em meio a noite escura da cidade. O vento frio, gerado pelas correntes de ar que se sopravam do mar, sibilavam em torno do pescoço de Rita.
Ela estava parada na ponte, olhando para o vasto e sereno oceano, perdendo o total controle de suas emoções, Rita gritava para o mar.
- Lucas! Lucas! Estou esperando você voltar! Por favor, volte rápido...
Sua voz desesperada estava rouca e seca, embargada pelo soluço.
O vento cortante do início do inverno parecia lâminas em seu rosto, e mesmo que suas lágrimas saissem quentes de seus olhos marejados, já logo quando caiam, no chão da ponte ou até mesmo algumas em sua pele, ficam elas completamente frias.
Com a visão embaçada, e em complete solidão, Rita continuou olhando para o mar.
“Lucas... Onde você está afinal?” – indagações passam em sua mente.
O motorista, Rui, permanecia ao lado, observando atentamente Rita.
O telefone tocou, mostrando que era vinda da Quinta do