- Não... não...
Lucas tinha ido trabalhar cedo pela manhã, mas por que ele iria para a Ponte da Liberdade?
O dono desse carro acidentado com certeza não era o Lucas... com certeza não.
A dona do restaurante a encarava, vendo as lágrimas surgirem em seus olhos, ficou perplexa por um momento, olhou para a televisão e perguntou com cuidado:
- Moça, esse acidente no noticiário, não é um parente seu, é?
-Não... não é possível...
O celular que havia caído no chão começou a tocar novamente.
Rita recuperou-se do choque e do medo, pegou o celular do chão e atendeu apressadamente.
- Alô, pai, aquilo foi apenas um mal-entendido, não foi?
George falou com a voz rouca.
- A polícia me contatou para ir até lá, você é esposa do Lucas, acho que tem o direito de saber o que está acontecendo.
O coração dela disparou.
...
Rita não sabia como tinha parado na delegacia. Quando chegou lá, desceu do táxi com as pernas trêmulas e o corpo fraco.
George estava em pé na entrada da delegacia, apoiado em uma bengal