final.
Cap. 184
Ela estava ali, parada ao lado do bercinho, com um dos bebês nos braços. Embalava a criança lentamente, num movimento suave, como se estivesse em transe. O sorriso em seu rosto era doce, doce demais enquanto encarava a criança, pelas roupas azuis Andrews percebeu que ela tinha pego justamente o menino.
Aurora dormia, inconsciente, sob efeito dos remédios. Os monitores ao seu redor piscavam normalmente. Ela sequer se movia.
O pânico de Andrews veio silencioso, surdo, gelando-o por dentro. A voz lhe escapou num sussurro urgente enquanto se aproximava com cautela tentando não demonstrar ameaça.
— Janete? O que você está fazendo aqui?
Ela se virou lentamente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O sorriso permaneceu intacto.
— Agora a gente pode ser feliz, Andrews — ela disse com uma calma perturbadora. — Acabou. Todo aquele sofrimento… acabou. A gente tem o nosso menino de volta.
Andrews deu um passo à frente, tentando manter a calma, o olhar fixo no bebê — seu filho — a