Cap. 62
Cap. 62
O coração de Brenda acelerou no instante em que reconheceu seus pais diante da empresa. Ela parou de súbito, como se tivesse sido pega de surpresa em um terreno proibido. O olhar dela se alternava entre o pai, a mãe e o rapaz alto que permanecia logo atrás, em silêncio, como uma sombra esperando o momento certo para se mover.
— O que vocês estão fazendo aqui?
— Brenda… — a voz firme do pai a atingiu. — Estamos aqui para resolver os problemas que você causou.
Ela piscou várias vezes, sem entender. Sentiu a garganta fechar, a respiração falhar. As mãos, trêmulas, foram instintivamente ao rosto, enxugando discretamente os resquícios de lágrimas do que já tinha acontecido naquele mesmo dia.
— Como… assim? — conseguiu sussurrar, a voz rouca, hesitante.
O pai apenas desviou o olhar para o rapaz atrás dele. O jovem sorriu levemente, acenando um “olá” despreocupado. Brenda deu um passo para trás, instintivamente, como se aquele gesto simples fosse uma ameaça.
A mãe interveio com a cal