Depois do trabalho, Hebe chegou ao hospital onde Roberto estava internado.
Como enfermeira, ela sabia como extrair informações, utilizando uma técnica de conversa perfeita para descobrir o quarto de Roberto.
A porta estava entreaberta, e Hebe esticou o pescoço para espiar discretamente pela fresta.
Ela viu uma mulher ajoelhada ao lado da cama de um homem, chorando:
— Roberto, meu coração dói tanto. Você está sentindo dor?
— Estou bem, Ângela, não chore. — Roberto levantou a mão para enxugar suas lágrimas. — Eu pedi para você não vir, mas você insistiu. Sua saúde já está debilitada.
— Não importa, eu quero estar ao seu lado. Você está machucado e sozinho, o que é muito triste. Não quero que você fique só, sei que você não quer preocupar sua família, então não contou a eles. Se eu não ficar, quem ficará?
Ângela realmente sabia o que dizer, aquelas eram as palavras certas para tocar o coração de alguém.
— Ontem você passou o dia inteiro comigo, e à noite, quando voltava de carro, certam