— Roberto, se você não abrir essa porta agora, eu juro que vou te deixar para lá de vez. Mesmo que eu vá embora agora, eu não te devo mais nada.
No entanto, lá dentro continuava tudo em silêncio.
— Tudo bem, não quer abrir? Então eu vou embora. Vou atrás do George, vou abraçar ele, beijar ele, vou dormir com ele! — Jaqueline falou, tomada pela raiva, e se virou para sair.
Com um estrondo, a porta se abriu. Uma silhueta alta disparou como uma flecha na direção dela e a envolveu num abraço apertado por trás:
— Eu não deixo você ir, eu não deixo! — Ele se agarrou a ela como uma criança mimada, como se quisesse fundi-la ao próprio corpo. — Eu não deixo você procurar o George!
Jaqueline tentou se soltar com força duas vezes, mas percebeu que não conseguia. Franziu a testa, irritada:
— Roberto, me solta.
— Não solto. Eu não deixo você ir.
— Roberto, com que direito você não deixa? Ele é meu marido!
— Mesmo assim, eu não deixo.
— Você não tem esse direito. O que acontece entre mim e ele não é