Ela abraçou as roupas e as entregou a Jaqueline:— Quer tomar um banho primeiro? Aqui estão as roupas, se faltar alguma coisa, me avisa que eu trago para você.Jaqueline pegou as roupas e olhou para elas, constatando que nada faltava:— Obrigada.— Não precisa ser formal, somos amigas.Jaqueline sorriu fracamente e, guiada por Isabelly, se dirigiu ao banheiro.Logo, o som da água correndo ecoou no ambiente.Isabelly imaginou que Jaqueline já devia ter tirado a roupa.Ela pegou uma toalha e foi até a porta, batendo levemente.A voz de Jaqueline veio de dentro:— O que foi?Isabelly respondeu:— Esqueci de te dar a toalha, posso entrar?Jaqueline respondeu:— Espera um segundo, eu vou pegar.— Não precisa. — Disse Isabelly. — Continue tomando seu banho, eu entro e te dou, para você não pegar frio, afinal somos todas mulheres, não há com o que se preocupar.— Está bem então. — Jaqueline não recusou.Isabelly abriu a porta e entrou no banheiro, encontrando Jaqueline de pé sob o chuveiro, c
Embora George tivesse dito que a amava, era apenas algo que Jaqueline havia sonhado, não era real.Desde que ele pudesse acordar, se ele realmente a amasse, ela estaria disposta a fazer qualquer coisa por ele.Isabelly ouviu o choro e imediatamente bateu à porta:— Jaqueline, o que aconteceu?Jaqueline enxugou as lágrimas do rosto e se sentou na cama:— Não é nada.Ela saiu da cama, abriu a porta e Isabelly, ao ver o rosto abatido de Jaqueline, ficou muito preocupada.— Jaqueline, você estava chorando de novo?As marcas de lágrimas ainda estavam em seu rosto.Jaqueline disse:— Está tudo bem, foi só um pesadelo.Isabelly suspirou suavemente:— Você quer dormir mais um pouco?Jaqueline balançou a cabeça:— Não, já está amanhecendo, eu deveria levantar.Isabelly respondeu:— Então vá se lavar, eu vou preparar o café da manhã.— Deixa que eu faço. — Disse Jaqueline.Isabelly respondeu:— Não precisa, já estou fazendo. Você vai se lavar, eu cuido do café.Jaqueline acenou com a cabeça e en
Reginaldo e Amanda, após ouvirem as palavras de Cláudio, mergulharam em silêncios de diferentes intensidades. Amanda olhou para Reginaldo, abriu a boca como se fosse dizer algo, mas acabou não dizendo nada. Reginaldo jamais havia mostrado seu lado vulnerável na frente de alguém, mesmo naquela hora, com seu filho ainda na sala de cirurgia, e a vida dele pendurada por um fio. Sua expressão era de pura serenidade, então ele disse à esposa e a Cláudio: — Vou ao banheiro. Reginaldo se virou e saiu. Amanda se abraçou e se encostou à parede, soltando um suspiro: — Não esperava que isso acontecesse. Embora Amanda não parecesse triste, sua expressão era de fato pesada. Se fosse uma estranha, sua reação pareceria um tanto exagerada, mas, sendo mãe de George, sua reação até que parecia um tanto indiferente. Cláudio deu um passo à frente e perguntou: — Como foram as coisas lá com o Reginaldo? Amanda forçou um sorriso: — Como poderiam estar? Chegamos lá não faz muito tempo e
— Bom, não importa a decisão que você tomar, eu vou te apoiar. Se realmente não quiser continuar, então se divorcie. Você certamente vai encontrar alguém melhor.Amanda sorriu amargamente:— Nesta idade, o que mais posso procurar?— Olhe o que você está dizendo, você é minha irmã, a filha da família Botelho, que tipo de homem você não conseguiria encontrar?Amanda olhou para ele com os olhos embaçados de lágrimas:— Irmão, obrigada por sempre me apoiar. Mas fui tola por ser tão teimosa em casar com o Reginaldo naquela época, perdi meu discernimento, ninguém conseguiu me convencer.Vendo o rosto triste da irmã, Cláudio sentiu uma dor profunda. Ele se aproximou, abraçou seus ombros e deu um tapinha em suas costas:— Quer que eu dê uma lição no Reginaldo? Basta dizer, farei o que você quiser.Amanda balançou a cabeça:— Não precisa. Ao longo desses anos ele não me tratou mal, ele apenas não me amava como eu pensava. Tudo isso foi causado por mim mesma. Agora, só quero deixar tudo para trá
Nádia riu friamente:— Depois de perceber a verdadeira face daquela mulher, descobriu que me ama? Por que não me amou todos esses anos que passaram?— Nádia, sou lento, sou um tolo, sei que errei e quero fazer tudo para compensar. Você é minha única mulher. — Disse Fábio, humilde e sincero.— Eu ainda sou sua esposa. — Respondeu Nádia. — E nós continuamos juntos, o que mais você quer?— Eu... — Fábio hesitou, com medo de falar demais e irritar Nádia. Embora ainda fossem casados e frequentemente passassem noites juntos, para ele, a relação parecia mais como uma parceria para satisfazer necessidades momentâneas, se juntando para passar a noite quando necessário e descartando um ao outro quando não era, como se não se conhecessem.Ele achava que casamentos não deveriam ser daquele jeito.Fábio também preferia não continuar falando sobre isso, preocupado que Nádia não lhe oferecesse nem esse pouco de calor que ainda restava.— Ah, Nádia, alguém acabou de te ligar, ele disse que era algo re
A cirurgia durou seis horas inteiras. Finalmente, o médico apareceu. — Doutor, como está ele? Todas as pessoas correram para perguntar sobre a situação. O médico, exausto, tirou sua máscara e disse: — Anteriormente, o Sr. George estava inconsciente e em estado grave, sem possibilidade de restaurar seu suprimento de sangue cerebral. Os riscos cirúrgicos eram altos, e os medicamentos existentes eram inúteis. No entanto, nesta manhã, descobrimos que havia uma resposta em seu cérebro. Após exames, constatamos que ele realmente havia restaurado o suprimento de sangue ao cérebro, mas também desenvolveu um hematoma cerebral. Assim, a cirurgia de hoje foi para remover o hematoma cerebral, o que diminuiu significativamente os riscos. Jaqueline, ao ouvir as palavras do médico, pensou por um momento e perguntou: — Então, você está dizendo que, como o suprimento de sangue cerebral do George foi restaurado, ele tem uma nova chance agora? O médico assentiu: — Este é um bom sinal e
— Jaqueline. — Disse Reginaldo, se aproximando. — Quer vir para casa comigo? Não podemos entrar para acompanhar o George agora, só podemos esperar notícias. Ele podia ver que o cuidado de Jaqueline por George era genuíno. Jaqueline se virou e disse: — Vocês podem ir para casa descansar. Eu vou ficar no hospital, alguém precisa estar aqui vigiando. Reginaldo respondeu: — Então eu fico aqui, vocês podem ir. — Mas eu quero ficar aqui. — Disse Jaqueline. — Quero ficar ao lado do George, mesmo que não possa entrar, pelo menos quero proteger ele. Vendo a determinação de Jaqueline, Reginaldo acenou com a cabeça: — Tudo bem, então eu também vou ficar. Reginaldo ficaria inquieto se voltasse para casa. Cláudio disse: — Deixem Jaqueline ficar aqui. Vocês podem reservar um hotel nas proximidades para ficar por enquanto. Se algo acontecer, vocês podem vir rapidamente, de outra forma, não faz muito sentido todos ficarem no hospital, já que não podemos entrar no quarto agora.
Cláudio assentiu: — Sem problema, afinal, as coisas que te contei também devem permanecer em segredo, agora estamos na mesma posição. Isabelly respondeu e finalmente disse: — Na verdade, o casamento de Jaqueline com meu irmão é uma farsa. Isabelly contou a história do começo ao fim para Cláudio. Depois de ouvir, Cláudio mergulhou no silêncio: — Não esperava por isso, então mesmo que se divorciem, não deve ser um grande problema. — Para Jaqueline não é um grande problema, mas o crucial é meu irmão, os sentimentos dele por Jaqueline são verdadeiros, e se ele descobrir que Jaqueline é sua prima, ele definitivamente não vai aguentar. Meu irmão está assim agora, mas mesmo que consiga acordar, vai precisar de muito tempo para se recuperar, ele não pode receber choques. Se dissermos a ele, realmente não sei o que poderia acontecer. Cláudio falou pesadamente: — É, isso é complicado, nós dois, não devemos contar a ninguém, vamos ver como as coisas se desenrolam. — Certo. — I