Jaqueline falou novamente:
— Pode ser?
Depois de um longo silêncio, Roberto respondeu:
— Entendido. Eu vou cuidar disso. Se você quer ir, vá. — Roberto parecia não querer mais se preocupar com ela. Assim que terminou de falar, desligou o telefone.
Jaqueline suspirou levemente e se virou para falar com o mordomo:
— Já conversei com o Roberto. Quando ele se mudar para a nova casa, organizará tudo para vocês. Quando chegar a hora, terão uma nova senhora. Quanto a esta casa, antes de partirem, limpem tudo e fechem a porta.
Talvez um dia ela voltasse, ou talvez nunca mais.
Por mais luxuosa que fosse a casa, se ninguém a habitasse, ela perderia seu significado.
Enquanto descia as escadas, o mordomo se aproximou e pegou a mala de suas mãos:
— Sra. Santana, me deixe ajudá-la.
Jaqueline, pensando no filho que carregava no ventre, resolveu tomar cuidado e assentiu:
— Está bem, obrigada.
O mordomo carregava a mala enquanto descia as escadas ao lado de Jaqueline, dizendo en