Jaqueline deu leves batidinhas nas costas da mão dele e disse:
— Não tem problema, isso não é culpa sua. Você acabou de sair do coma, não se lembra de nada e está assustado. Isso é perfeitamente normal. Eu entendo o que você está sentindo.
George respondeu:
— Sim, no começo eu estava mesmo com muito medo, sentia vontade de ter você sempre por perto, mas agora estou um pouco melhor. Embora ainda queira que você fique comigo, o que eu mais quero é ver você feliz.
— Só de ver você melhorando aos poucos, eu já fico muito feliz. — Jaqueline pareceu lembrar de algo de repente. — Ah, seu tio veio hoje, né? Quando falou com ele, sentiu alguma lembrança vindo à tona?
George pensou por um momento:
— Tive umas lembranças meio desconexas, tipo uns fragmentos, mas não consigo juntar tudo. Me desculpa.
— Por que está se desculpando comigo? Isso não é culpa sua. Está tudo bem. Mesmo que sejam só fragmentos, já é um bom sinal. Não precisa se apressar, nem forçar nada. Deixar as coisas fluírem pode tra