Ele até queria ver a cena deles se enfrentando. Assim, ele não precisaria sujar as próprias mãos.
— Está certo, seria ótimo se eles realmente brigassem entre si.
A enfermeira assentiu com a cabeça:
— Espera mais um pouco, a oportunidade vai aparecer. Eles vão brigar pela sua irmã, com certeza. Você não precisa se preocupar tanto. Como irmão, você é muito inteligente, e sua irmã com certeza também tem os planos dela.
— Você tem razão. — O sorriso de Heitor foi se tornando cada vez mais radiante.
No entanto, para ele, as chamadas oportunidades não eram algo a ser esperado. Eram criadas por suas próprias mãos. Sempre que quisesse, ele conseguia.
— Está se sentindo melhor? — Perguntou a enfermeira.
Heitor assentiu:
— Muito melhor.
A enfermeira suspirou aliviada:
— Que bom.
O canto da boca de Heitor se curvou num sorriso traiçoeiro, quase imperceptível:
— A nossa conversa de hoje, não conta para ninguém, tá bom?
A enfermeira bateu com força no peito, num gesto de lealdade:
— Fica tranquilo,