Donatella Romanova
Acordei sentindo o mundo girar, como se estivesse presa em um carrossel descontrolado. Meus olhos piscavam contra a luz forte do quarto do hospital, e um zumbido irritante preenchia meus ouvidos. Meu corpo parecia pesado, cada movimento um esforço monumental.
— Que tontura... — murmurei, tentando me sentar.
Uma mão firme pousou no meu ombro, me impedindo. O médico estava ao meu lado, uma expressão neutra no rosto, mas seus olhos revelavam preocupação.
— Calma, Sra. Ostrova. Você precisa descansar. — Sua voz era tranquila, mas havia algo de grave no tom.
— O que aconteceu? — Perguntei, minha voz saindo fraca.
Ele pegou meu pulso, verificando os sinais vitais enquanto respondia.
— Seu quadro piorou. Descobrimos que o conhaque que você vinha consumindo continha um veneno muito específico. É isso que está comprometendo seu coração.
A tontura foi imediatamente substituída por uma onda de náusea. Meu estômago revirou enquanto o impacto daquelas palavras se