Roman Ostrov
A noite estava fria, mas meu sangue fervia enquanto segurava Donatella em meus braços. Ela estava inconsciente, o rosto pálido como a lua que iluminava o caminho até o carro. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto eu dirigia às pressas para o hospital, a cabeça cheia de pensamentos caóticos e perguntas sem respostas.
— Aguente firme, Donatella. — Murmurei, mesmo sabendo que ela não podia me ouvir.
Assim que chegamos ao hospital, uma equipe de médicos e enfermeiros a levou para a emergência. Caminhei atrás deles, incapaz de ficar parado, mas sabendo que não podia fazer mais nada além de esperar. O corredor branco e estéril parecia sufocante, e minha mente trabalhava incessantemente, tentando encontrar uma explicação para o que estava acontecendo.
Depois de um tempo que pareceu infinito, o médico que cuidava de Donatella se aproximou. Ele parecia preocupado, a gravidade em sua expressão apenas reforçando o aperto no meu peito.
— Senhor Ostrov, preciso falar com