Roman Ostrov
Ela tentou me apressar, seus dedos cravando-se em meus ombros, puxando-me para mais perto, como se quisesse que eu tomasse tudo dela de uma vez. Mas eu não o fiz. Não ainda.
Eu senti o momento em que ela cedeu completamente. Seus músculos relaxaram sob minhas mãos, e a respiração, antes acelerada e nervosa, começou a se acalmar.
Meus dedos traçavam delicadamente o contorno do seu rosto, o toque suave, reverente. Seus olhos estavam fechados, os cílios longos descansando contra a pele pálida. Ela parecia quase frágil ali, entregue, mas não quebrada. Não dessa vez. Havia emoção e desejo cru.
— Donatella... — minha voz saiu baixa, quase um sussurro. — Não quero que isso seja algo que você vai se arrepender depois.
Ela me encarou por um longo momento, e depois de um suspiro, seus dedos encontraram meu rosto. O toque dela era hesitante, quase tímido, como se estivesse testando os limites do que era permitido entre nós. Mas quando finalmente falou, sua voz era firme,