Tarde da noite…
— Quem está aí? — Ele perguntou com a voz embargada.
Estava embriagado pelo vinho e pela tristeza.
— Sou eu, vim passar a noite contigo.
— Não quero a sua companhia, saia! — Ele disse tentando levantar, mas caiu de volta no sofá.
Quando ele esbravejou, a garrafa vazia caiu da sua mão e rolou pelo chão. Ela tirou um frasco que guardava entre os seios e foi até o aparador de onde tirou outra garrafa. Ela serviu um pouco de vinho numa caneca e completou com o líquido contido no frasco.
— Toma, beba! Vai te ajudar a esquecer as dores do passado.
Ele aceitou, o seu olhar tristonho percorreu o corpo de Estela, que vestia apenas uma túnica transparente e aberta na frente.
— Não consigo esquecer o que passou, Estela!
— Eu sei, eu também não. Ainda me lembro dos olhos de Hermes te obrigando a montar em mim para ele assistir.
Ela ajoelhou na frente dele e pousou as mãos nas suas coxas.
— Eu não queria te machucar.
— Eu sei, você nunca me machucou, era tão bom para mim, me fazia