Laura
O pânico me consome como uma onda gelada que não me deixa respirar. Estou amarrada em uma cadeira, as cordas cortam os meus pulsos, e o cheiro de mofo e óleo velho da fábrica abandonada me enjoa. Valentin está diante de mim, com aquele olhar que eu conheço bem demais, um olhar de puro ódio e prazer sádico.
Ele não para de falar, sua voz ressoando como um veneno que se infiltra na minha mente.
— Sabe, Laura, você vai parir aqui mesmo. Eu vou fazer isso acontecer. — Ele se inclina, o rosto perto do meu.
— E depois, sabe o que vou fazer? Vou pegar o seu bebê e matar. Com as minhas próprias mãos. Depois disso, vou te obrigar a ninar o corpinho dele sem vida.
Meu coração quase para. Meu instinto é proteger minha barriga, mas as mãos amarradas me deixam impotente. Tento controlar a respiração, mas cada palavra dele é como uma faca no peito.
— Mas calma, não vou me apressar — ele continua, com um sorriso doentio.
— Antes de vender você e sua amiga, a gente vai aproveitar. Bem devagar