Capítulo 76
Cristian
Cinco dias. Já se passaram cinco dias. E eu estou aqui, sentado na beira da cama de Cassandra, observando cada respiração dela como se fosse a última. Cada leve movimento que ela fazia, cada suspiro profundo, eram como sinais de que ela estava lutando para voltar. Mas nada acontecia. O que antes parecia uma situação de transição, agora se tornava um pesadelo infernal.
A máquina ao lado dela, que monitorava seu batimento cardíaco e a respiração, emitia um som regular e constante, mas para mim, esse som se tornava um eco distante. Eu só queria ouvir ela, ver seus olhos se abrindo. Eu só queria ver Cassandra acordando e me dizendo que tudo estava bem, que a dor e o medo que eu sentia iam desaparecer. Mas ela ainda estava ali, no silêncio profundo de um sono forçado, e eu sentia que meu próprio coração batia com menos força a cada hora que passava.
Os médicos já haviam dito que ela estava estável. Mas o fato de não despertar estava se tornando um enigma que eles não