Não foi nada fácil levar Alice para a escola naquela manhã.
Desde o momento em que a vi abraçada ao ursinho, silenciosa e distante, soube que o dia seria uma batalha.
Algo no seu silêncio me apavorava.
Alice estava se fechando, se isolando, e por mais que eu quisesse encontrar uma maneira de alcançá-la, eu não sabia o que fazer.
Precisava de ajuda, mas naquele momento, minha prioridade era levá-la ao colégio.
Talvez, só talvez, as coisas melhorassem lá.
Respirei fundo, tentando manter a calma, mas a sensação de impotência me esmagava.
Enxuguei uma lágrima antes de me levantar.
— Seja forte — eu me dizia repetidamente a mim mesma.
Mas como ser forte quando cada olhar vazio de Alice me despedaçava por dentro?
Depois de muito esforço, consegui levá-la à escola, embora sentisse como se estivesse arrastando uma tonelada.
— Preciso que você confie em mim, Alice — sussurrei.
Minha voz estava embargada, e sabia que não teria resposta.
Ela simplesmente não ir