Eu estava na minha sala, tentando controlar meus pensamentos que já estavam à beira do caos.
A manhã tinha sido longa, cheia de compromissos que eu mal conseguia manter, mas tudo se desfez quando meu telefone tocou.
A recepcionista avisou que havia uma mulher esperando para falar comigo.
Autorizei a entrada sem muita expectativa, mas quando ouvi a batida na porta e ela se abriu, eu quase tive um infarto.
Fernanda.
A audácia em pessoa, com aquele sorriso que só me dava nojo.
— Olá, senhorita Leclerc! — ela falou, como se fossemos velhas amigas.
A ironia do cumprimento me embrulhou o estômago.
Eu nem consegui responder.
Algo em mim gritava que essa visita era uma bomba prestes a explodir.
E, sinceramente, eu preferia que fosse uma explosão literal.
— Bom, decidi vir pessoalmente te dar a notícia sobre a paternidade do meu bebê — ela disse, com aquele ar triunfante que me fazia querer jogá-la para fora da janela.
Se não fosse a possibilidade de ter que responder por um crime pass