Estávamos ali, em um silêncio que parecia confortável, até que Henrique rompeu essa calma com uma frase simples:
— Alby, esqueci de deixar meu cartão como combinamos. Espero sua ligação.
Ele se despediu com um sorriso despreocupado e um leve aceno, mas o efeito foi imediato.
A atmosfera do ambiente mudou como um raio em céu claro, e vi o semblante de Isaías se transformar.
Qualquer calma que ele pudesse estar sentindo se desfez, e seus olhos me encararam com uma intensidade que me fez congelar.
Antes mesmo que a porta se fechasse, Isaías deu um passo à frente, seus olhos faiscando com algo entre a raiva e uma fúria contida.
Ele cruzou os braços, e seu olhar era pesado, cheio de perguntas que ele ainda não sabia como verbalizar.
— Então… “combinamos”, Alby? — Ele repetiu a palavra de Henrique, sua voz carregada de um sarcasmo que me fez querer fugir para longe dali.
— Desde quando você e ele têm combinações?
Respirei fundo, tentando manter a calma, mas a intensidade dele me fez va