Estávamos ali, em algum lugar entre o passado e o futuro, tentando entender como lidar com o que nos restava.
Ele me fez um gesto para que sentasse, e o silêncio se estendeu por alguns minutos, quase como uma conversa silenciosa, até que ele falou, sua voz baixa, mas firme.
— Você não sabe... — ele começou, hesitante, como se quisesse encontrar as palavras certas, mas elas pareciam se perder no ar.
— Não sabe como é viver com essa dúvida constante. Esse medo... de falhar. De não ser capaz de ser o homem que todos esperam. Não só para Alice, mas para mim mesmo.
Eu o olhei, sem pressa de responder.
Ele estava se abrindo, mais do que imaginara que fosse capaz.
Eu sabia bem o que ele queria dizer, pois me vi refletido em suas palavras.
O medo de ser insuficiente, de não corresponder ao que o mundo espera de você, é algo que consome a alma.
— Eu entendo o que você está dizendo, Isaías — minha voz saiu mais suave do que eu esperava.
— Eu t