A manhã parecia interminável, marcada pelo calor sufocante e pela constante tensão que pairava no ar.
O vilarejo, com suas casas improvisadas e crianças correndo descalças, contrastava com a urgência desesperada que Isaías e eu sentíamos dentro da tenda médica.
A pequena menina, deitada na maca improvisada, parecia cada vez mais frágil, a vida se esvaindo lentamente diante de nossos olhos.
— E se organizarmos uma transferência? — sugeri, a voz mais alta do que pretendia — Conseguimos alguém para levá-las. Não podemos simplesmente aceitar que ela não tenha chance.
Isaías me olhou, surpreso por minha determinação.
Por um momento, pensei que ele fosse questionar minha ideia, mas, em vez disso, assentiu.
— Vou ver o que posso fazer.
Ele saiu apressado, deixando-me sozinha com a mãe da criança, que segurava a pequena mão da filha como se isso pudesse impedir que ela se perdesse.
Sentei ao lado delas, e a menina abriu os olhos apenas p