Nunca pensei que fosse o tipo de pessoa que sentiria ciúmes – ou, pelo menos, era o que eu acreditava.
Sempre tive a certeza de que a confiança era a base de qualquer relação, que, onde há confiança, não há espaço para inseguranças.
Me orgulhava de ser alguém que dominava suas emoções, que não se deixava consumir por medos infundados.
Mas então Alby apareceu e, com ela, tudo o que eu sabia sobre mim desmoronou.
Já a fiz suportar humilhações que nenhum ser humano deveria enfrentar, testei minha sorte ao extrapolar limites e tive a arrogância de presumir o que jamais deveria.
Agora, nesse momento, sinto que tudo o que eu defendia foi por terra, e encaro o abismo das consequências que criei.
Eu estava ali, mais uma vez, observando Alby de longe.
A única forma que encontrei de estar perto, sem invadir o espaço dela, sem ultrapassar os limites que ela havia estabelecido.
Ela e Alice haviam se mudado para buscar um pouco de paz, um refúgio da confusão que havia sido a vida nos último