Já tem um tempo que nós mergulhamos na água cristalina, e o Vicente estava certo, um lugar como este não pode ser evitado.
Outras famílias dos demais barcos também estão aproveitando o dia ensolarado para mergulhar na represa, enquanto os barcos balançam suavemente ao fundo.
Estou distraída, observando as embarcações que não havia percebido que o Vicente mergulhou e emergiu atrás de mim; os seus braços me envolvem e ele me puxa para perto.
— Vicente, solte! — rio de sua travessura.
— Nunca! — ele sorri.
Viro-me na água, para ficarmos frente a frente, se olhando nos olhos, enquanto a represa brilhava ao redor.
Unimos os nossos lábios em um beijo suave, a paixão e o desejo fluindo por cada centímetro do corpo.
Quando nos afastamos, percebemos algo: o barco se afastando.
Estávamos tão perdidos no beijo e não notamos a embarcação sendo levada pela brisa.
Gritamos:
— O barco! — berro e começo a nadar.
— Nossa comida! — Vicente vem logo atrás e me alcança.
Nadamos at